domingo, 20 de julho de 2014

Só vou se você for

Dou um doce a cada pessoa se me falar que nunca ouviu um "só vou se tu for amigo(a). Lembrou desta frase né? Geralmente escutamos esta frase de pessoas dependentes da gente, pessoas que estão do nosso lado para o que der e vier, para uma maré ruim, para uma balada, para ir ao cinema ou simplesmente ir. 
Hoje, num domingo está sendo comemorado com frases clichês, frases prontas e textos digitados nas redes sociais o dia do amigo ou o dia do só vou se você for. Dai resolvi  escrever alguma coisa sobre isso, não sobre os textos, as declarações no Facebook, as fotos no Instagram e sim sobre os meus, as minhas, o meu conglomerado grupo de pessoas que me são solícitas para cada tipo de dia e que mesmo com a sua ausência fazem parte da minha vida. 
Quantos amigos tenho? Quem são meus amigos verdadeiros? Onde estão? Para onde foram? Teve um tempo da minha vida que me fiz bastante esta pergunta. Na falta de amores verdadeiros, bons amigos e um vinho basta. E sempre foi assim comigo, não sei se ainda será mas já foi. Tenho poucos amigos, bastante colegas e vários conhecidos. Mas amigos, friends, tenho poucos. Sou adepto da qualidade e não da quantidade. Fiz um apanhado dos amigos que já passarm pela minha vida. Amigos de infância, amigos de escola, de amigos de bares, de faculdade, de trabalho, de... 
Por mais que seus pais digam que os verdadeiros amigos sejam eles e que blá blá blá, precisamos ter alguém da nossa vive, na nossa mesma vibração, na mesma sintonia. Por mais que nossos pais tenham razão, é préciso ter alguem como saco de pancadas. 
Ser amigo é estar ao lado do outro, é segurar a outra ponta da corda, é ajudar a remar , ajudar a levar o barco para o raso e não deixá-lo afundar. Ser amigo é rir do outro quando preciso, é guardar os segredos impublicáveis, é mentir para salvar a pele do amigo, é ligar para a mãe do outro pedindo que ele vá dormir em sua casa, é chorar de rir por coisas bestas, enfim amigo é coisa para se guardar em baixo de sete chaves mesmo, como diz a música.
 Pois está aí o meu problema, acho que guardei tanto, guardei tão bem guardado que não encontro mais, uns se perderam no caminho, entraram em vidas que só tem duas retas: a cadeia ou o cemitério. Outros partiram cedo pelas contingências da vida, uns se afastaram pelo meu temperamento roxo ou por simplismente coisas do destino, outros se achegaram e encontraram um espaço no meu heart( desculpem os estrangeirismos, é que às vezes me prendo nos vícios de linguagem). Alguns ficaram nas lembranças da infância, nos jogos de esconde-esconde, nas corridas de bicicletas, nos jogos de tabuleiros. Outros ainda estão por vir. É o que eu espero, como já disse, na falta de um sapato pro seu pé, uma boa meia basta. Peço desculpas aos meus gatos pingados amigos pelo meu ciúme doentio, vocês são meus e de mais ninguém, nao de ouvido a maldade alheia e creia.... É preciso também salientar a importancia dos nossos amigos sábios e inteligentes: os livros, que tanto nos faz viajar sem sair de casa, nos dá conselhos e traz reflexões para praticar no cotidiano, esses são um dos meus melhores amigos. No futuro breve pretendo voltar aqui e contar sobre os meus novos amigos, essas novas pessoas que irão surgir no nosso caminho e fazer jus à palavra a-m-i-g-o. 










Eduardo Sousa

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