domingo, 10 de agosto de 2014

Hoje é dia de saudades


Dia dos Pais, mais conhecido também como dia das saudades. Há tantos pais sem filhos e tantos filhos sem pais. Não conheço a dor de se perder um filho, mas a de se perder um pai eu sei e não desejo a nenhuma pessoa. É triste, muito triste, ver partindo uma pessoa que abaixo de Deus é o integrante maior de sua existência, nossos pais, nossos criadores, nossa base. 
Há mães que fazem o papel de pais e mães ao mesmo tempo e de pais que fazem  a mesma função. Minha mãe, por vias do destino se apropriou desse papel em 2010, quando o meu querido pai veio a nos deixar. Nos deixou triste pela sua partida, nos deixou desamparado pois não teríamos mais a nossa figura masculina dentro de casa, a figura da autoridade, do líder da família. Minhas irmãs também se apropiaram da função de pai para mim, para elas mesmas, para minha mãe, foi aí neste momento que minha família se uniu mais, na dor e na tristeza.
Hoje a dor está um pouco cicatrizada, pois como ele mesmo dizia, "a  vida segue", "a vida urge". A saudades tomou conta das dores ficadas no passado, o cotidiano passou a se acostumar com a falta do papai na nossa casa. Sua figura além de estar dentro dos nosso corações, está também em cada cômodo da casa, está nos quadros, está nas fotografia velhas, pretas e brancas, coloridas, recentes, antigas, amareladas e são através delas que poderei contar um dia quem foi o meu pai, quem foi a nossa família. 
Neste domingo, dedico esse espaço à memória de meu pai, do meu ente querido, do meu companheiro, do meu verdadeiro amigo, do meu velho. Tenho a plena convicção de que onde quer que eu vá, mesmo que eu não vá a lugar nenhum, ele sempre vai estar presente comigo, mesmo pela ausência indelével, sua figura vai estar comigo, no meu pensamento, na minha assinatura, no meu sobrenome, no meu coração  até chegar o momento da minha vez de ir, da hora agá, da hora que todos os seres passarão, uns mais cedo que os outros, como o meu pai e outros mais tarde,  pode demora, mas um dia chega.  Meu maior medo da morte é o esquecimento, uma coisa que meu pai nunca, nunquinha passará. Te amo meu pai. Feliz dia da saudade. 


Eduardo Sousa 

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