A primeira vez que escutei o CD Cavalo de Rodrigo Amarante, ex-Los Hermanos, integrante da banda Little Joy e agora em carreira solo, estranhei, acabei estranhando a lentidão do seu disco solo.
Cavalo tem seus momentos alegres, mas é em sua maior parte um álbum introspectivo, soturno. Conforme fui escutando mais vezes, fui me acostumado e me apaixonado pela poesia que emana no disco , por sua delicadeza e melancolia. Com frases em inglês, português e francês (e alguma frases soltas em japonês), o álbum é um monumento hipster, sem que isso seja necessariamente ruim: é idiossincrático, eclético, inusitado sonoramente, ousada na medida em que não se preocupa em ser óbvio ou fácil. É uma espécie de relato íntimo de um sujeito sensível e exilado, que diante das distâncias, lembranças e saudades que lhe restam, olha para si mesmo, examina os ecos deixados por esses elementos e os trabalha artísticamente. Nesse sentido, as canções de Cavalo compõem um todo muito coerente, mas é necessário que o álbum seja encarado como essa viagem subjetiva e lírica.
Confira abaixo as faixas do albúm:
01- Nada em Vão
02-Hourglass
03-Mon Nom
04-Irene
05-Maná
06-Fall Asleep
07-The Ribbon
08-O Cometa
09-Cavalo
10- I'm Ready
11- Tardei
Eu curti o álbum todo, mas a minha música preferida do disco é Mon Nom, adoro francês, e o Rodrigo brinca com o francês e toque melancólicos e dançantes da música.
Então, fica a dica de um disco bom para escutar. Até mais ((:
Eduardo Sousa
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