segunda-feira, 26 de maio de 2014

Au revoir

Quatro anos. Quatro anos não são quatro dias. Lembro me como se fosse hoje, a partida repentina de meu pai, que no auge de sua existência foi embora deixando corações em choros. Momento de luto. Um minuto por favor, comecei a chorar, perdão. Voltando ao assunto... No mês de maio, no mês das mães, no final do mês, em preâmbulos de festas juninas, foi assim que mon père saiu de cena, deixando muitas saudades e um aprendizado, observar è melhor do que falar. Ele me passava tudo com um só olhar, não necessitava de palavras, bastava uma só piscadela que eu entendia tudo. Foi. Acabou. Gamer over. A morte realmente é fatídica, efêmera, leva a pessoa em questão de segundos, mas leva o físico, a emoção fica, a figura viva da pessoa se gruda ao âmago e não sai mais. Mês de maio levou muitas leva. Levou. Leva. Levará. Não è um mês legal para mim. Quantos Franciscos, Andrés, Bárbaras, Alines, Júniors  etc etc o mês de maio já levou. Encerrando essa conversa sobre o dia vinte e seis de maio... Olho para cima, vejo uma nuvem e vejo a figura do meu velho catando leãozinho para mim nos meus inocentes seis anos de idade. A música de ninar paterna, a usos que aguça todos os meus sentidos, onde a água escorre nos olhos naturalmente, lavando a alma e evidenciando as lembranças e acentuando as saudades, ai, desculpa, no momento choro.
Termino com uma frase de Clarice...
Não esquecer que ainda são tempos de morangos.
Apesar de estarem mofados, os morangos continuam sendo morangos. Apesar de não estarem mais com a gente no plano físico, estão guardados em um lugar chamado saudade. Au revoir. 

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